Sobre o projeto
O Atlas tem como principal objetivo fornecer informações sistematizadas relacionadas às ocorrências de desastres e aos danos e prejuízos decorrentes. Foi inicialmente criado por meio de uma cooperação técnica entre o Banco Mundial e a Universidade de Santa Catarina, por meio do Centro de Estudos e Pesquisas em Engenharia e Defesa Civil – Ceped/UFSC.
Por meio de cooperação com a Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária – FAPEU, o CEPED/UFSC manteve o Atlas atualizado até o ano de 2021.
Em 2022, o Departamento de Articulação e Gestão, da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, assumiu a tarefa de manter a base de dados atualizada, dando continuidade a este valioso trabalho.
Deste modo, a Sedec/MIDR oficializa os dados históricos sobre desastres no país, fornecendo fonte única e oficial, sobre a qual políticas públicas, pesquisas e outras atividades correlacionadas podem ser construídas.
Apesar de apresentar ajustes metodológicos quando comparado ao Atlas Brasileiro de Desastres Naturais, esta versão digital segue as mesmas premissas básicas para a composição das informações e as mesmas fontes de dados.
O desenvolvimento de uma versão digital do Atlas, dentre várias vantagens, possibilita que os usuários realizem suas próprias consultas, alcançando uma maior capilaridade da informação e com foco em sua região de interesse. Também é possível acessar a base de dados por completo, permitindo assim os mais diversos tipos de uso, seja na administração pública, no meio acadêmico ou qualquer cidadão que tenha interesse.
Outro ganho alcançado na versão digital é a possibilidade de atualização dos dados, seja por meio do acréscimo no período da análise como pela descoberta de novos registros ou, até mesmo, da correção dos dados já disponíveis. Neste momento, o Atlas conta com dados registrados pelos municípios no período entre 1991- 2022.
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Para quem o Atlas foi criado?
O Atlas Digital possibilita que os usuários visualizem os dados sobre desastres no Brasil de forma estruturada, em gráficos, tabelas ou em mapas, nos quais é possível observar os detalhes das ocorrências e danos associados a cada município. Espera-se também que possa ser empregado como um instrumento de apoio à tomada de decisão sobre investimentos e políticas públicas voltadas à redução de desastres. -
Como o Atlas foi desenvolvido?
Os dados utilizados para desenvolvimento do Atlas foram extraídos do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD) e tratados pelas equipes técnicas do Ceped/UFSC e da Sedec/MIDR. Foram levantados 96.938 registros realizados pelos estados e municípios. O tratamento dos dados consistiu em correções da base por meio da análise gráfica, espacial e de valores extremos. Além disso, foram priorizados os documentos que levaram ao reconhecimento federal por meio da publicação de Decretos e Portarias. Ressalta-se que os dados monetários referentes aos danos materiais e prejuízos limitam-se ao período de 1995 – 2022. Os valores foram corrigidos para valores de dezembro de 2022, possibilitando a comparação direta entre os diferentes anos. Cabe ainda salientar que contribuições que busquem complementar ou corrigir a base de dados são bem-vindas pelos autores, uma vez que as séries históricas, principalmente anteriores à implementação do S2iD, podem conter lacunas em função de dados não disponíveis quando da realização da pesquisa. -
Tratamento dos dados e Limitações da pesquisa
Após a reunião de todos os registros foi desenvolvido um processo de tratamento dos dados, dividido em três etapas principais, que consistiram na verificação de ocorrências repetidas, valores extremos e análise agrupada por mesorregião. Ainda, posteriormente para validação dos resultados obtidos e do método de tratamento aplicado, a equipe técnica da Sedec/MIDR criou um Grupo de Trabalho, oficializado pela Portaria Nº 1669, de 24 de maio de 2022, que teve como principal objetivo a análise do banco de dados criado. Por meio de duas reuniões realizadas de forma online, o GT validou o processo aplicado considerando diferentes pontos de vistas e áreas de atuação. O processo de análise dos dados é complexo e sua metodologia demonstra quão trabalhosa é a sua consolidação em um formato único para tratamento. São desafios como a consideração de diferentes protocolos para registro que se alteraram ao longo do tempo, como variação do sistema de classificação dos desastres, por exemplo; a repetição de ocorrências, como seca e estiagem, em função das renovações de reconhecimento federal a cada seis meses; a verificação de valores extremos, por erros nos documentos originais ou nos processos de transcrição; e os registros por grupos de municípios, que por não apresentarem dados específicos, não aparecem nas análises em escala municipal.
Ficha Técnica - 2023
- Lucas Mikosz
- Lucas Mikosz
- Reinaldo Santos Pereira
- Karine da Silva Lopes
- Reinaldo Soares Estelles
- Aloisio Lopes Pereira de Melo
- Leticia Palazzi Perez
- Lidiane Natalie de Souza
- Lucas Mikosz
- Viviana Aguilar Muñoz
As opiniões, interpretações e conclusões apresentadas nesta plataforma são de responsabilidade de seus autores e não devem ser atribuídas, de modo algum, ao Banco Mundial, às instituições afiliadas, ao seu Conselho Diretor, ou aos países por eles representados. Os autores não garantem a precisão da informação incluída e não aceitam responsabilidade alguma por qualquer consequência de seu uso. É permitida a reprodução total ou parcial dos dados desta plataforma, desde que citada a fonte.
Ficha Técnica - 2022
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Expandir Ficha Técnica de 2022 (Fundadores)
Organização- Rafael Schadeck
- Frederico Ferreira Fonseca Pedrosos
- Joaquin Toro
- Ildemar Cassana Decker
- Ana Maria Bencciveni Franzoni
- Adriana Landim Quinaud
- Bárbara D'oro
- Gabriel Machado
- Gustavo Bourdot Back
- Júlia Valentina Bonelli
- Leticia Dalpaz de Azevedo
- Lucas Trajano Soares
- Maicon Basso dos Santos
- Milena Salgado Cardoso Dos Santos
- Ana Letícia Oliveira do Amaral
- Christhian Michell Bernardo Souza
- Diego Antonelli
- Eneias Silva
- Jéssica Rodrigues Esteves
- Juliano Maier Diogo dos Santos
- Aloisio Lopes Pereira de Melo
- Leticia Palazzi Perez
- Lidiane Natalie de Souza
- Lucas Mikosz
- Viviana Aguilar Muñoz
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